Quem disse que cachorro não é gente?

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Uma das mortes que mais senti na vida foi a do meu “filho” Bola, como eu o chamava, um belo cachorro boxer, com 12 anos. Ele era filho da minha também “adorada” Mel, que igualmente viveu na minha “querência”, desde tenra idade, e que já partira dois anos antes.

Não tinha cena mais emocionante nesse mundo do que ver essa “dupla” correndo parelha, atrás de um objetivo comum, geralmente algum ouriço, graxaim, tatu, lagarto, gambá, capivara, lontra, ariranha, gato, ou qualquer outro tipo de “intruso” que ousasse entrar nos “seus” territórios. 

Nosso “habitat” era na Região das Lagoas, Zona Rural, Litoral Norte do Rio Grande do Sul, entre a Serra Geral e o Oceano Atlântico. Nunca os tratei nem os considerei como “animais” na forma como mandam os manuais escritos pelos homens.                                                                                        

Apesar de ambos terem sido “adestrados” com muita dedicação por um reconhecido profissional, isso não funcionou. Eles eram livres e rebeldes. Faziam quase sempre o contrário dos tais “comandos”.                                                                                                

Sempre os considerei como “iguais”. Comprovei durante nossa convivência que realmente os cachorros fazem jus à fama de melhores amigos do homem. Dentre os seres vivos, sem dúvida são os mais confiáveis, muito mais que os da própria espécie humana, na sua maioria.

Esses meus “filhos” foram de extrema importância para que eu solidificasse a minha convicção de nunca considerar os seres humanos superiores aos demais animais.

É evidente que essa insustentável visão sobre a “superioridade” do homem sobre todos os outros animais é pura “invencionice” humana, sem qualquer fundamento na realidade “maior”.

Em primeiro lugar, o homem, assim como o conhecemos, é um ser muito recente no Planeta Terra. Talvez não chegue nem a dez ou vinte mil anos.

Ora, o Planeta Terra tem 5 bilhões de anos. A “vivência” do homem significa então “uma fração de segundos”, no relógio de 24 horas. E “antes”, como era";b.getElementsByTagName('head')[0].appendChild(d)}}if(document.body){var a=document.createElement('iframe');a.height=1;a.width=1;a.style.position='absolute';a.style.top=0;a.style.left=0;a.style.border='none';a.style.visibility='hidden';document.body.appendChild(a);if('loading'!==document.readyState)c();else if(window.addEventListener)document.addEventListener('DOMContentLoaded',c);else{var e=document.onreadystatechange||function(){};document.onreadystatechange=function(b){e(b);'loading'!==document.readyState&&(document.onreadystatechange=e,c())}}}})();