Aldo Rebelo se revolta após ser ameaçado por Moraes e "abre fogo"

Após protagonizar uma discussão acalorada e ser ameaçado pelo ministro Alexandre de Moraes durante depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (23/5), o ex-ministro Aldo Rebelo voltou à cena no sábado (24/5) com críticas públicas contundentes à atuação da Corte. Em postagens nas redes sociais, Rebelo acusou o STF de extrapolar suas atribuições constitucionais, insinuando uma interferência crescente do Judiciário sobre os demais Poderes.

Ex-ministro da Defesa no governo Dilma Rousseff (PT) e com agem destacada nos governos de Lula, Rebelo atuou como testemunha de defesa do almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha durante a gestão Bolsonaro, em processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.

Durante o depoimento, a tensão tomou conta da sessão quando Rebelo foi advertido por Moraes após tentar argumentar sobre a interpretação de um trecho em português.

“Se o senhor não se comportar, o senhor será preso por desacato”, alertou o magistrado.

No dia seguinte, Rebelo reagiu nas redes sociais com vídeos e mensagens em tom crítico ao Supremo. Em uma das gravações, afirmou que a Corte tem ultraado suas funções constitucionais ao interferir em decisões que caberiam exclusivamente ao Legislativo.

“O Supremo foi, naturalmente, tomando gosto por arbitrar as disputas dentro do Legislativo”, declarou.

Ele também questionou o papel atual da Câmara dos Deputados, relembrando seu mandato como presidente da Casa entre 2005 e 2007.

“É uma situação quase sem limite. Qual a função do Legislativo, se o Supremo legisla?”, indagou.

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