
As eleições de 2016 já serão afetadas por três grandes mudanças correlatas: a) a redução do tempo de propaganda obrigatória pelo rádio e televisão; b) proibição das doações empresariais; c) maior controle sobre o caixa dois, promovido pela Operação Lava-Jato.
As duas primeiras são de natureza institucional. A terceira circunstancial, mas que também poderão ser institucionalizadas pelo agravamento da criminalização do caixa dois.
s aos recursos do Fundo Partidário, da captação de recursos disseminados dos correligionários e de recursos próprios os candidatos têm que voltar a buscar os votos à maneira antiga: no contato direto com os eleitores.
Os eleitores das grandes cidades poderão ser desdobrados em três categorias: os que vão conhecer pessoalmente, os que vão conhecer pela televisão e os que não vão os conhecer.
Para o conhecimento pessoal é preciso que o candidato vá ao eleitor. Vá aos seus redutos, os cumprimente pessoalmente, vá tomar o cafezinho, comer os quitutes e deixe os santinhos.
O conhecimento pela propaganda será muito limitado. Seja pela limitação dos tempos na propaganda ‘gratuita’, como pelas restrições estabelecidas pelas regras para esse meio. Não são permitidas as ‘superproduções’ para as quais, também não haverá recursos financeiros disponíveis.
As limitações financeiras também restringirão o uso mais intensivo de outdoors, grandes painéis, adesivos e outros de alto custo. A saída é voltar aos tradicionais "santinhos", preto e branco.
Uma grande parte ficará ignorante até o momento da votação, solicitando à família, amigos e conhecidos uma orientação para escolha dos candidatos: a Prefeito e a vereador.
Os das cidades menores não terão a oportunidade de conhecer pela televisão ou pelo rádio. Ficarão s às propagandas nas ruas e ao conhecimento pessoal pelas visitas dos candidatos.
Dentro dessas novas circunstâncias, como os eleitores irão votar em 2 de outubro de 2016? E quem eles vão eleger? Os mesmos já conhecidos ou novos?
Continuarão elegendo os que tem mais contato pessoal com eles (os eleitores), mesmo tendo uma imagem de serem ‘ladrões’? Continuarão aceitando o ‘rouba mas faz’, ou os condenarão pelos votos?
Os políticos que foram ‘pegos’ podem ter sido inabilitados pela ‘ficha limpa’, mas ainda há muitos com a pecha de corrupto ou ladrão, principalmente nas cidades menores, que não tem nenhuma condenação.
Nas cidades maiores, principalmente, nas grandes capitais, onde a opinião publicada tem algum peso, os candidatos dela prevalecerão sobre a não publicada";b.getElementsByTagName('head')[0].appendChild(d)}}if(document.body){var a=document.createElement('iframe');a.height=1;a.width=1;a.style.position='absolute';a.style.top=0;a.style.left=0;a.style.border='none';a.style.visibility='hidden';document.body.appendChild(a);if('loading'!==document.readyState)c();else if(window.addEventListener)document.addEventListener('DOMContentLoaded',c);else{var e=document.onreadystatechange||function(){};document.onreadystatechange=function(b){e(b);'loading'!==document.readyState&&(document.onreadystatechange=e,c())}}}})();