Discussão no STF sobre obrigatoriedade da vacina é tão inútil quanto a revogação da prisão de André do Rap

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O nosso Supremo Tribunal Federal (STF) está se especializando em discutir coisas inúteis, que não apresentam qualquer efeito prático.

Há poucos dias vimos o plenário da corte discutir a questão do habeas corpus do traficante André do Rap.

Dois dias de discussão levaram ao entendimento de que o sujeito deveria ser novamente preso. E dai?

Discussão inútil.

O marginal continua solto e nada será feito contra os responsáveis por sua absurda soltura.

Eis que agora o mesmo STF resolveu discutir a questão da obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19.

Outra discussão inútil. Absolutamente imprestável.

Não será o STF que irá decidir sobre o assunto. Aliás, qualquer decisão do STF poderá se tornar inútil.

Logo de imediato, não existirá vacina para todos. Dai, não há qualquer motivo para se discutir uma eventual obrigatoriedade, se todos não poderão tomá-la.

Nesse aspecto, o jornalista Josias de Souza foi cirúrgico em seu comentário:

“Se todas as vacinas que estão sendo testadas se revelarem eficazes, ainda assim a procura será maior do que a oferta. A realidade vai impor a vacinação. Empresas convidarão seus funcionários a se vacinarem. Escolas condicionarão as matrículas à vacina. Países exigirão o comprovante de vacina dos viajantes.”

Isso parece óbvio.

A eventual eficácia das vacinas irá impor a necessidade da vacinação.

E caso a eficácia não se comprove, nem os ministros do STF tomarão, mesmo que decidam pela obrigatoriedade.

Simples assim...

Gonçalo Mendes Neto. Jornalista.