As entrelinhas do recuo estratégico do ministro Dias Toffoli

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O atual presidente do STF recuou da ordem de ilegalmente quebrar o sigilo fiscal de mais de 600 mil pessoas físicas e jurídicas. Ele chegou a pedir ao Banco Central, em 25 de outubro, relatórios IMPRESSOS para não deixar rastros, das movimentações financeiras atípicas nos últimos TRÊS ANOS. Sim, porque pela chave de o fornecida pelo Banco Central, o o fica registrado.

Por mais que tenha recuado, Toffoli cometeu no mínimo abuso de autoridade. Sem falar que ao atacar o COAF, que hoje tem outro nome, conseguiu paralisar 935 inquéritos e processos criminais em julho e transformou o Brasil num paraíso fiscal.

Os narcotraficantes , lavadores de dinheiro e quejandos estão a-d-o-r-a-n-d-o. E só para rirmos um pouco, a extrema imprensa alardeia que a decisão foi tomada para beneficiar Flavio Bolsonaro, que já teve seu sigilo e o sigilo de mais CEM pessoas quebrado ilegalmente e legalmente, continuamente por dois anos. Só falta agora contar uma piada do Juquinha.

Tem também o processo kafkaniano que ele abriu com Alexandre de Moraes no qual eles denunciam, investigam e julgam, ninguém sabe o quê nem porquê. Voltamos à Idade Média, sempre em processos sigilosos em que acusados não sabem do que estão sendo acusados e, portanto, não têm como defender-se.

Ao mesmo tempo, em nome dessa mesma presunção de inocência, ignorada quando lhes convém, 6 ministros acabaram com a prisão em 2ª instância. Prisão essa que sempre existiu no Brasil, até a organização criminosa estabelecer-se no poder com Lula e a estocadora de vento. Com a mudança casuística e sem fato jurídico que a justificasse, estão sendo soltos milhares de criminosos perigosíssimos, entre os quais corruptos, traficantes, sequestradores, homicidas, pedófilos, entre outros. Trata-se de um flagrante atentado à ordem pública.

Comecemos com o impeachment de Gilmar Mendes, mas sabendo que têm mais 7 na fila.

Foto de Lucia Sweet

Lucia Sweet

Jornalista

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