O terrível “espião” da Rede Globo permanece dentro do Palácio do Planalto

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Todos devem lembrar de quando a jornalista Elaine Cantanhede, numa espécie de ‘ejaculação precoce’, informou na Globo News que o ministro Vélez Rodriguez estava demitido e na sequência, o próprio presidente Jair Bolsonaro desmentiu a informação.

Hoje sabemos que ela não estava mentindo, Bolsonaro itiu que segunda feira irá decidir sobre a permanência do ministro da educação.

Não foi coincidência, nem previsão da jornalista Cantanhede, ela divulgou porque confia na fonte e naquele momento, Bolsonaro pode ter apenas adiado a demissão quando viu a notícia.

A repórter disse ao vivo:

"essa é uma informação quentinha, de fonte quente: Ricardo Velez é uma questão de tempo, pode ser em horas, pode ser em dias, mas muito rapidamente ele não vai ficar no governo".

Quem é essa fonte que acompanha uma decisão dessa magnitude, como é a demissão de um ministro e envia exclusivamente para a Globo News (sempre ela, lembram do caso Coaf/Flávio e do caso Bebianno? Ambos vazados pela GN)

O SBT, a RECORD e a BAND são emissoras com muito mais afinidades com o governo, mas quem recebe as informações saindo do forno é sempre a Globo News.

Impossível não lembrar de um dos áudios vazados pelo Bebianno onde o presidente dizia:

"Gustavo, o que eu acho desse cara da Globo dentro do Palácio do Planalto: eu não quero ele aí dentro. Qual a mensagem que vai dar para as outras emissoras? Que nós estamos (se) aproximando da Globo. Então não dá para ter esse tipo de relacionamento. Agora, inimigo ivo, sim. Agora, trazer o inimigo para dentro de casa é outra história. Pô, você tem que ter essa visão, pelo amor de Deus, cara. Fica complicado ter um relacionamento legal dessa forma porque você está trazendo o maior cara que me ferrou - antes, durante, agora e após a campanha - para dentro de casa. Me desculpa. Como presidente da República: cancela, não quero esse cara aí dentro, ponto final. Um abraço aí."

Se Bebianno foi desligado do governo logo depois dessa troca de mensagens, quem é que continua vazando informações?

Se é informação valiosa, vendem por quanto? Quem paga?

Por que não redobram o cuidado com as reuniões? São pessoas, ou são escutas?

Qual a vantagem de vazar informações para um único canal?

Se o governo não consegue conter um espião, quem nos garante que todos os outros assuntos não estejam sendo "contaminados" por essa pessoa que parece ter livre o às decisões mais íntimas do governo.

O que conseguimos extrair desse dilema é que há um elo entre o governo e a segunda maior emissora de TV do mundo.

Façam suas apostas...

Foto de Raquel Brugnera

Raquel Brugnera

Pós Graduando em Comunicação Eleitoral, Estratégia e Marketing Político - Universidade Estácio de Sá - RJ.

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