Tratamento multidisciplinar: como educar o paciente a nova realidade em saúde?

17/10/2015 às 05:27 Ler na área do

Parece simples a idéia de que a soma de conhecimentos para um eficaz diagnóstico e tratamento possa ajudar mais a um paciente que o já ultraado método individualista e de doença/cura, e que claro isto se introjetaria à consciência das pessoas com lógica e adesão favoráveis.

Claro que não funciona dessa forma. As décadas fizeram da saúde uma razão sensível a disciplinaridade de um profissional especialista. A população assimilou que um diagnóstico é definitivo e que a opinião e competência unilateral é a que vale.

Encaminhar um paciente na nova realidade multiprofissional é compreendido como uma ode da “máfia do jaleco branco”

e não como uma tentativa abrangente de tratamento. Claro, que o contexto socioeconômico influencia muito o ponto de vista do paciente. Nem todos os exames se fazem pelo SUS e nem todos os exames que se consegue agendar pelo SUS são feitos com a urgência que merecem o que faz com que as pessoas recorram à rede particular, a qual nem sempre é compatível financeiramente com a realidade do paciente.

Mas será que é algo a essa condição socioeconômica" https://fotos.jornaldacidadeonline.com.br/s/fotos/125x0_1445070548_1702874067.webp 125w, https://fotos.jornaldacidadeonline.com.br/s/fotos/250x0_1445070548_1702874067.webp 250w, https://fotos.jornaldacidadeonline.com.br/s/fotos/315x0_1445070548_1702874067.webp 315w, https://fotos.jornaldacidadeonline.com.br/s/fotos/470x0_1445070548_1702874067.webp 470w, https://fotos.jornaldacidadeonline.com.br/s/fotos/650x0_1445070548_1702874067.webp 650w, https://fotos.jornaldacidadeonline.com.br/s/fotos/1300x0_1445070548_1702874067.webp 1300w " layout=responsive width=470 height=665 alt=Imagem>

“O engolidor de sonhos” em que a autora fala de um caso de um paciente que dizia ter “engolido” um sonho - “desses que a gente sonha” como dizia este, era uma coisa que dava “uma coisa no peito”; recusando-se a seguir a lógica clinica, a médica após constatar que não havia nada de errado com organismo, até pensou em prescrever antipisicótico, mas...

Angústia! Nada mais e nada menos, e uma conversa com seu paciente fora suficiente para que este voltasse para casa são e salvo.

Não é à toa como seres biológico, psicológicos e sociais não podermos ser resumidos em um aspecto, mas sermos traduzidos em nossa condição multifacetada. E como assim sendo, a responsabilidade clínica se estende e se amplia na rede de amparo, e a população precisa começar a entender esse novo (nem tanto) paradigma.

Desde a queda do mal elaborado ato médico, a multiprofissionalidade se tornou oficialmente a prática a ser exercido pelo melhor serviço em saúde, um serviço mais ético, da saúde para pessoas e não mais para patologias.

Cabe aos profissionais de saúde ar primeiro a entender este paradigma e corrigir-se, e depois educar seus pacientes sobre a sua importância. É informar! Explicar ao paciente (que é inteligente) a dinâmica do seu tratamento, o porquê de uma medicação, ou de uma proposta psicoterapêutica, falar da importância de se verificar todas as possibilidades de um diagnóstico (diferenciar) e o que de vantagens isso acarreta as pessoas e a sua saúde. É preciso romper com a barreira da desconfiança e abrir os olhos da população para a mais eficiente contribuição que se pode dar a sua saúde.

Robson Belo

Psícólogo Esp. Psicopatologia Clínica

e-mail: robbello@ig.com.br

http://psibelo.webnode.com

____________

BRITO, FLÁVIA. Tratado geral sobre os males da alma. Guaratinguetá, SP: Penalux, 2013.

Robson Belo

Psicólogo

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